31 outubro 2011

O Cavalinho e a Borboleta

Está é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás. Elas eram um cavalinho e uma borboleta.
Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo.
A Borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o Cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue a natureza.
Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada.
A Borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta, gostava do Cavalinho e de lhe fazer compania, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho.
Assim, todos os dias ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso. Entre um e outro, ela optava por esquecer o coice e guardar dentro de seu coração o sorriso.
Sempre o Cavalinho insistia com a Borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do enorme peso. Ela, sempre muito prestativa tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criatura tão frágil.
Os anos se passaram e numa manhã de verão a Borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro.
Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto.
E vieram outras manhãs e mais outras, muitas outras, até que chegou o inverno e o Cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela. Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou.
Cansado, se deitou embaixo de uma árvore.
Logo em seguida, um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que ele fazia ali.
_ Eu sou o Cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
_ Ah, é você então o famoso Cavalinho?
_ Famoso, eu?
_ É que tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta você está procurando?
_ Uma assim bem colorida e alegre.
_ Ah, então é essa mesma amiga de quem estava falando. Você não ficou sabendo? Ela morreu já faz muito tempo.
_ Morreu? Como foi isso?
_ Dizem que ela conhecia aqui na floresta um Cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mais ela jamais contou a ninguém. Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só iria falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era ai, que ela falava com a maior alegria de você.
Nesse momento o Cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.
_ Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro Cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois foi ficando doente, triste e sucumbiu e morreu.
_ E ela não quis me chamar em seus últimos dias?
_ Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
“ Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver. Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais para ele vir até aqui”[desconheço a autoria do texto]
Você pode até aceitar os coices que lhe derem, mas em algum momento as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto (grande peso) que você tiver que carregar durante a sua existência não ouse culpar ninguém por isso, afinal, muitas vezes foi você mesmo quem o colocou no seu dorso, OU PERMITIU QUE FOSSE COLOCADO.

Copiado do Blog http://emmanutencaosempre.blogspot.com/

Nenhum comentário: